Éramos um país recém emancipado cuja economia se concentrava na zona rural, ou seja, nos redutos dos tais coronéis. A sociedade era patriarcal e a concentração de terras dava aos patriarcas de cada família, poderes proporcionais ao tamanho das suas fazendas. Os coronéis de fazendas menores se subordinavam aos de fazendas maiores, dando a estes o caráter de líderes políticos de uma região, cidade ou Estado. A história que trago neste livro, faz um recorte dessa situação política, mantendo fragmentos do coronelismo tradicional, misturado a elementos mais modernos e urbanos como o tráfico de pessoas e de drogas, uma vez que a história começa nas décadas do pós revolução e se prolonga até o final da década de noventa, final do século passado.